quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Relato de um estranho julgamento (Continuação)

Amigos, companheiros e não só.

Desta vez vou falar sobre a 3.ª acusação efectuada pelo Millenniumbcp no Tribunal do Trabalho de Lisboa na 4.ª juízo no 2.º secção.

Ao Banco Millenniumbcp e ao seu advogado, o Tribunal do Trabalho de Lisboa disponibiliza-lhe todo o tempo e todo o direito de me atacar mesmo sem provas, com falsas acusações e pior, sem conseguir provar concretamente nada.

O Millenniumbcp através do seu advogado acusa:
"Em 18/10/2011, pouco antes do fecho ao público da Sucursal Mbcp de Alvalade/Mercado e operando como Caixa/Tesoureiro, o Colaborador Artur Costa processou a liquidações de duas aplicações de uma cliente. Esse valor foi disponibilizado na conta à ordem da cliente.

De seguida, entre as 15H06 às 15H07 do dia 18/10/11, o Colaborador Artur Costa efectuou o pagamento de três cheques para debitar esta conta, respectivamente, pelos valores de que validou informaticamente e no seu posto de caixa.

Depois, das 15H40 às 15H42 do mesmo dia 18/10/11 e já com a Sucursal encerrada ao atendimento público, o Colaborador tratou de anular as transacções de pagamento que processara por caixa e anulando também as duas liquidações anteriormente referidas. "

Nota: Nesta acusação realça-se que o Millenniumbcp, através do seu advogado, duvida da veracidade sobre o pedido efectivo da cliente.
O Millenniumbcp afirma ainda que esta situação foi realizada contra vontade da cliente e efectuada de forma ilícita e de má fé.

Artur Costa defende-se e esclarece das acusações.
Uma diferença no tratamento das partes presentes no Tribunal do Trabalho de Lisboa começa no exacto momento em que a mim não me foi dado o direito de me defender e apresentar a minha versão no Tribunal do Trabalho de Lisboa, diante do próprio Juiz.

No dia 18/10/2011, a cliente em causa solicitou que lhe disponibilizasse um valor determinado existente nas suas aplicações a prazo. 
A cliente, apesar de não estar na sucursal nessa altura, iria no próprio dia regularizar as provas de liquidação. 
Necessidade de fundos de disponibilidade imediata na sua conta à ordem era o motivo da pressa, segundo a própria cliente, que possuía valor acima do pedido e já era cliente há quase três anos. 

Nota muito importante: O Millenniumbcp acusa-me de não ter antecipadamente um pedido por escrito por parte da cliente. Mas, por estranho que pareça, este esquece-se que o sistema informático, por si criado, obriga que a primeira acção a ser tomada é a acção de liquidação no  sistema central do Millennium, o que resultará na liquidação da aplicação. Só depois desse acto estar consumado no aplicativo informático do Millenniumbcp é que será emitido um documento para o cliente assinar. 


Volto a referir para que não haja qualquer dúvida: Só após a acção de liquidação estar consumada o aplicativo do Millenniumbcp produz um documento para os clientes assinarem. 

Os cheques da cliente foram utilizados e a sua conta foi debitada. O valor ir-lhe-ia ser entregue após a regularização de toda a documentação. 
Devido a elevada confiança que a cliente tem em mim, solicitou ainda que utilizasse os seus cheques que me disponibilizara nesse mesmo dia. 
Como já referi, a cliente apesar de não estar na sucursal nessa altura, iria deslocar-se à mesma, nesse próprio dia, para regularizar os cheques e as notas de liquidação, procedendo, assim, ao seu preenchimento total. 
Ainda no mesmo dia e antes do fecho da minha caixa e do fecho do Balcão, a cliente informou, por telefone, que não podia deslocar-se à sucursal e que a solicitação que anteriormente tinha feito ficasse sem efeito. 

Motivo: A urgência anteriormente ocorrida tinha naquele momento ficado sem efeito, segundo a cliente. 

Prontamente, e já que a minha caixa e a caixa do Balcão não tinha sido encerradas, efectuei a reversão das liquidações e a reversão dos cheques utilizados. A conta da cliente foi totalmente regularizado sem prejuízo nem do Banco nem da cliente. Repetindo: SEM NENHUM PREJUÍZO AO BANCO OU À CLIENTE!
Esse procedimento é tão normal, que está previsto na aplicação informática do Millenniumbcp, permitindo que seja executado dessa forma. Portanto, tal situação é, ou era no momento, a forma correta de actuação. 
Como justificação dessa actuação, as notas de liquidação foram arquivadas com a indicação que ficaram sem efeito. E a verdade é essa! Contudo... onde estas foram parar?
Importa salientar que os documentos em causa não foram assinados anteriormente porque essa opção simplesmente não existe. Além do mais, não foram assinadas depois, porque FORAM ANULADAS. Como já foi explicado, a situação ficou sem efeito e tudo foi normalizado e arquivado, conforme as normas do próprio banco. 
Dificilmente, no Millenniumbcp alguém pode esconder uma situação destas, conforme, por estranho que pareça, o Millenniumbcp tenta fazer passar para o Tribunal de Trabalho de Lisboa. Pois, o Milleniumbcp, através do seu sistema informático, produz mapas diários directamente para os responsáveis do Balcão. 
Os responsáveis assinam diariamente mapas das tarefas efectuadas nas caixas ao longo do dia. Assinam também mapas de fluxos de passagem de valores das caixas para o cofre do Balcão. Assinam e verificam através mapas, onde constam os cheques que foram pagos. 
Os mapas em causa contêm ainda informações dos cheques pagos e revertidos, ou seja, constam os cheques, cujo pagamento foi anulado e os cheques, cujo pagamento foi efectuado.

Nota: Esses mapas são assinados e conferidos pelos responsáveis do Balcão. Nesse mapa está descrito toda a informação do cliente bancário, no mesmo dia da operação.            

Em resumo: 

A situação, do ponto de vista operacional e legal, não tem qualquer falha ou erro. Não existe qualquer crime. Também se existisse qualquer crime, o Banco, certamente, teria chamado logo a Polícia Judiciária para investigar o caso. 
Isso não só não foi feito, como o Millenniumbcp demorou quase três meses para tratar do caso e destruir as imagens de segurança. IMAGENS FUNDAMENTAIS PARA PROVAR QUE FALO A VERDADE.

Curiosidade: 

O Juiz do Tribunal do Trabalho de Lisboa, do 4.º Juízo 2.º Secção, como não entende o sistema operativo instalado pelo Millenniumbcp e não quis ouvir a explicação correcta, considerou tudo uma grande confusão e, claro, o Artur Costa como o culpado pela mesma. Mas, se alguma situação para ele estava confusa, a explicação teria sido fácil de encontrar. Para isso bastaria o Juiz ter tido vontade e interesse de saber a realidade operativa e exigir a entrega de toda a documentação que o Banco lhe ocultou como, por exemplo, Mapas de controlo da operativa ,onde o mesmo poderia reconhecer as assinaturas de verificação dos responsáveis do balcão. 

Só mais uma nota quero relatar: 

Todos os documentos que poder-me-iam defender, além de esclarecer os factos, deixaram de existir. Muito conveniente, não? 




3 comentários:

  1. Não entendi.O juíz não tem de tomar conhecimento de qualquer facto mesmo sendo este de origem oficiosa.As partes é que devem apresentar as provas que julguem convenientes.Pergunta o Artur Costa foi acompanhado por Advogado?.Pergunta, o Artur Costa fez menção e pedido de auxilio judicial junto do seu sindicato? Pergunta, o relatório da comissão de trabalhadores, obrigatório em processo disciplinar foi-lhe adverso?.

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    1. Caro Mário Teixeira eu próprio não consegui entender muito bem o que aconteceu no Tribunal do Trabalho.

      1 - Estive numa sala de Tribunal onde o Juiz nada quis saber sobre a verdade dos factos;

      2 - O próprio juiz nem sequer se deu ao trabalho de questionar o Banco sobre a ausência de certas provas:(Como por exemplo as imagens do circuito interno do Banco onde provaria que existiu uma conferencia de Tesouraria. E onde se verificaria que quando a entreguei os valores nela existentes estavam correctos não existindo qualquer falha. Outro exemplo que posso dar é que tendo sido chamada a Auditoria do Banco onde está o seu relatório e os documentos que nesse momento foram recolhidos nesse dia.) O Juiz considerou esse facto sem importância
      Ainda mais: se existiu um roubo/furto a melhor entidade e a mais isenta não seria a Policia Judiciaria.

      3 - Uma da testemunha trazida pelo Banco negou por diversas vezes a veracidade de um documento que o próprio Banco apresentou. Afirmando por diversas vezes ao Advogado do próprio Milleniumbcp que o conteúdo desse "documento" era falso. O Juiz considerou esse facto sem importância. (O que demonstra a isenção do próprio);

      Pergunta o Artur Costa foi acompanhado por Advogado?
      Resposta: Sim, infelizmente, por um advogado do Sindicato do Bancário do Sul e Ilhas

      Pergunta, o Artur Costa fez menção e pedido de auxilio judicial junto do seu sindicato?
      Resposta: Posso garantir que foi a maior asneira que poderia ter cometido.

      Pergunta, o relatório da comissão de trabalhadores, obrigatório em processo disciplinar foi-lhe adverso?.
      Resposta: O processo disciplinar foi-me adverso. As testemunhas principais, que eram os colaboradores do Balcão onde eu estava a desempenhar as minhas funções, nunca foram disponibilizadas pelo Millenniumbcp para esclarecer ou prestar qualquer declaração durante os 8 (oito) meses em que processo esteve a decorrer. O próprio Millenniumbcp desde o primeiro dia afirmou que os documentos que solicitei tinham desaparecido. As imagens também estavam desde o primeiro dia no lote dos desaparecidos.
      A Comissão de Trabalhadores apenas baseou-se nas palavras do responsável pelo instrutor do processo disciplinar do Banco (que é apenas o advogado do Millenniumbcp)
      A Comissão de Trabalhadores parece que também não teve tempo e/ou vontade para me questionar sobre o assunto.

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  2. Caro Mário Teixeira eu próprio não consegui entender muito bem o que aconteceu no Tribunal do Trabalho.

    1 - Estive numa sala de Tribunal onde o Juiz nada quis saber sobre a verdade dos factos;

    2 - O próprio juiz nem sequer se deu ao trabalho de questionar o Banco sobre a ausência de certas provas:(Como por exemplo as imagens do circuito interno do Banco onde provaria que existiu uma conferencia de Tesouraria. E onde se verificaria que quando a entreguei os valores nela existentes estavam correctos não existindo qualquer falha. Outro exemplo que posso dar é que tendo sido chamada a Auditoria do Banco onde está o seu relatório e os documentos que nesse momento foram recolhidos nesse dia.) O Juiz considerou esse facto sem importância
    Ainda mais: se existiu um roubo/furto a melhor entidade e a mais isenta não seria a Policia Judiciaria.

    3 - Uma da testemunha trazida pelo Banco negou por diversas vezes a veracidade de um documento que o próprio Banco apresentou. Afirmando por diversas vezes ao Advogado do próprio Milleniumbcp que o conteúdo desse "documento" era falso. O Juiz considerou esse facto sem importância. (O que demonstra a isenção do próprio);

    Pergunta o Artur Costa foi acompanhado por Advogado?
    Resposta: Sim, infelizmente, por um advogado do Sindicato do Bancário do Sul e Ilhas

    Pergunta, o Artur Costa fez menção e pedido de auxilio judicial junto do seu sindicato?
    Resposta: Posso garantir que foi a maior asneira que poderia ter cometido.

    Pergunta, o relatório da comissão de trabalhadores, obrigatório em processo disciplinar foi-lhe adverso?.
    Resposta: O processo disciplinar foi-me adverso. As testemunhas principais, que eram os colaboradores do Balcão onde eu estava a desempenhar as minhas funções, nunca foram disponibilizadas pelo Millenniumbcp para esclarecer ou prestar qualquer declaração durante os 8 (oito) meses em que processo esteve a decorrer. O próprio Millenniumbcp desde o primeiro dia afirmou que os documentos que solicitei tinham desaparecido. As imagens também estavam desde o primeiro dia no lote dos desaparecidos.
    A Comissão de Trabalhadores apenas baseou-se nas palavras do responsável pelo instrutor do processo disciplinar do Banco (que é apenas o advogado do Millenniumbcp)
    A Comissão de Trabalhadores parece que também não teve tempo e/ou vontade para me questionar sobre o assunto.

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Artur Costa e o Millenniumbcp - A injustiça sobre um funcionário do Banco Millenniumbcp - aventuras e desventuras;
A rotina de um escorraçado - O seu dia a dia. Como levantar a "cabeça"? Como lutar contra estes Ditadores (Millenniumbcp)?